terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Mais de 500 mil pessoas dizem não a Belo Monte em campanha da Avaaz e Movimento Xingu Vivo para Sempre

 
As petições serão entregues à Presidência da República nesta terça, dia 8 de fevereiro, em um ato contra a usina na Explanada dos Ministérios, em Brasília.



Meio milhão de assinaturas contra Belo Monte serão entregues ao governo nesta terça-feira, dia 8, em Brasília. Indígenas, ribeirinhos e atingidos por barragem farão manifestação contra a usina em Brasília para entrega de petições

Mais de 500 mil pessoas dizem não a construção da hidrelétrica de Belo

Monte, no Pará. As petições, organizadas pela Avaaz e Movimento Xingu Vivo para
Sempre, serão entregues à Presidência da República nesta terça, dia 8 de
fevereiro, em um ato contra a usina na Explanada dos Ministérios, em
Brasília.

A manifestação, convocada pelo Movimento Xingu Vivo para

Sempre, Conselho Indigenista Missionário, Movimento dos Atingidos por Barragens,
Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, Instituto
Socioambiental e AVAAZ, contará com a presença de cerca de 150 ribeirinhos e
indígenas Kayapó, Juruna, Arara e Xipaya de Altamira, do Sul do Pará e do Mato
Grosso, além de cerca de 50 componentes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e dezenas de lideranças sociais e militantes ambientalistas.

Entre
as presenças confirmadas estão o cacique Megaron Txucarramãe, liderança kayapó do Mato Grosso; Sheyla Juruna, liderança juruna de Altamira; cacique Ozimar Juruna, da aldeia Paquiçamba, em Altamira; Josinei Arara, liderança da aldeia Arara, de Altamira; e Antonia Melo, coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre.

Apoios


A cantora e compositora Marlui

Miranda deverá participar da manifestação com apresentações artísticas, e atores
como Marcos Palmeira, Letícia Spiller e Dirá Paes enviaram manifestações de
apoio.

Agenda


O objetivo dos movimentos sociais,
articulados na Aliança dos Rios da Amazônia (que reúne as organizações das bacias do Xingu, Madeira, Teles Pires e Tapajós), é entregar as petições e uma agenda de discussão sobre as hidrelétricas na Amazônia e o programa energético brasileiro para a presidente Dilma Rousseff, em audiência já solicitada. De cordo com a Aliança, desde Balbina e Tucuruí, historicamente as usinas na região têm sido desastrosas do pont o de vista social e ambiental, fato reconfirmado pelos inúmeros problemas que atualmente cercam as obras de Santo Antonio e Jirau no rio Madeira.

O pedido de revisão dos projetos
hidrelétricos nos rios da Amazônia e a proposta de uma nova agenda energética para o país já foram apresentados pela Aliança dos Rios da Amazônia à Secretaria Geral da Presidência, em audiência realizada na última sexta, dia 4.
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